POR GABRIEL JOSÉ
Estudante de Cinema da UESB
Existe um gênero com ingredientes básicos que garantem um “caminho das pedras” para a satisfação do seu público-alvo? Se a resposta for afirmativa, o terror é o grande exemplo (embora o romance, hoje, esteja quase no mesmo patamar). “Quando as Luzes se Apagam” os conhece e os utiliza razoavelmente bem. O que não é exatamente uma virtude.
A ideia partiu de um curta-metragem, que é muito bom. O curta explora o medo do escuro, banal na infância, a partir de um enredo minimalista, que é justamente o fundamento do seu êxito. Já para um longa-metragem, é preciso um roteiro mais elaborado, onde reside a grande falha do longa. De um lado, um drama familiar: Rebecca se afasta da mãe louca e do irmão pequeno, porém, ao descobrir que este comunga do medo do escuro que ela também tinha na infância, decide investigar a relação entre esse medo e a mãe dos dois. De outro, um emaranhado de obviedades, previsibilidades e incoerências – que serão mencionadas de forma superficial para evitar spoilers.