Natiruts traz para o FIB um som com forte influência da musicalidade brasileira, marcado pelo suingue gingado de todas as tribos.
POR LUCIANA OLIVEIRA
Assessoria
Se você pensa que o pop brasiliense no cenário tem no currículo apenas o rock, é hora de saber que tem muito reggae também. A pegada de personalidade fez com que a música "Presente de um beija-flor" fosse um excelente cartão de visitas para o seu primeiro trabalho, vendendo, com selo independente, 40 mil discos, colocando a banda na linha dos grandes nomes da música brasileira, ainda nos anos 90. Prepare o gingado, solte o pé e o suingue, porque sábado, 27, é dia de Natiruts no Festival de Inverno Bahia (FIB).
A influência da música brasileira é forte nas melodias e harmonias das canções. Buscando um reggae literalmente de raiz (roots), cada traço das letras de crítica social, misturadas a canções mais suaves e contornos românticos, fez da trajetória da banda um circuito de grandes sucessos desde o seu nascimento, em 1996.
A partir de 2006, o Natiruts investiu numa linha mais pop, mas em seu repertório existem ótimas incursões na história do estilo buscando referências em Bob Marley, debruçando-se sobre uma vertente mais psicodélica do reggae, que incorpora experimentações, sem contenção na adição de efeitos, como delays e reverbs, e também a aproximação de ritmos latinos vertentes do reggae como o Dancehall, Ragga e o Reggaeton.
Para a 12ª edição do FIB, a banda traz o show “Natiruts Reggae Brasil”, projeto em que decidiu erguer as bandeiras, as lonas e os lençóis do reggae brasileiro para a união de diferentes tribos, etnias e nacionalidades. O show, que deu origem ao DVD, foi gravado em Salvador e contou com grandes nomes do reggae e da música pop feita no país, entre eles, Gilberto Gil, Edson Gomes, Ivete Sangalo, Toni Garrido (Cidade Negra), Saulo e Armandinho, além de construir um cenário incrível, assinado pelos VJs do coletivo Embolex e pelos artistas plásticos da Galeria A7MA. Dá pra imaginar o que vem por aí, né?
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