POR DORODINA SOUSA CORREIA
Ginecologista
É a endocrinopatia mais comum da mulher, e acomete 5% a 12% das mulheres em idade reprodutiva. É a causa mais frequente de anovulação crônica, portanto de infertilidade de causa ovulatória. Tem relevante ocorrência familiar, principalmente em parentesco de primeiro grau (20%-60%), destacando o componente genético associado.
A Síndrome dos Ovários Policísticos, como o próprio nome deixa entrever, se caracteriza por ovários policísticos e alterações como falta de menstruação ou irregularidade menstrual, infertilidade, hirsutismo e obesidade.
Diversos fatores estão envolvidos na origem desse distúrbio, com evidências de alterações no eixo hipotálamo hipófise e ovários, além de fatores ambientais e genéticos. É consenso para o diagnóstico, quando existem pelo menos dois dos fatores, como ciclos menstruais irregulares (ciclos longos com 35 a 40 dias, ou ausência de menstruação) e ausência de ovulação. Sinais de hiperandrogenismo clínico e laboratorial, que ao exame identifica-se o excesso de pelos em locais tipicamente masculinos, acne, queda de cabelo, e ainda alterações hormonais.